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Cerrado rupestre? O que é?

Atualizado: 29 de jun. de 2020

O cerrado é um bioma onde se apresentam formações vegetais distintas. Uma delas é o cerrado rupestre. Vamos conhecer?

Na imagem temos a vista de uma área de cerrado rupestre em Pirenópolis, Goiás.

O cerrado rupestre é próprio de solos rasos, estando presente em ambientes com afloramentos rochosos, muitas vezes, característicos de relevos acidentados.

O cerrado é um dos maiores biomas brasileiros (bioma é uma unidade biogeográfica onde se identificam características comuns relacionadas a relevo, macroclima, solo, formações vegetais e outras) ocupando uma extensão de aproximadamente 2 milhões de quilômetros quadrados ao se levar em conta seus acrescentos periféricos. Trata-se de um bioma cuja vegetação é composta de formações savânicas, florestais e campestres.


Selecionando apenas as formações savânicas temos o cerrado sentido restrito ou stricto sensu, que, por sua vez, pode ser subdividido em cerrado denso, típico, ralo e rupestre. Este último subtipo é o que o presente artigo vem expor.


Curiosidades sobre o cerrado rupestre



O cerrado rupestre é próprio de solos rasos, estando presente em ambientes com afloramentos rochosos, muitas vezes, característicos de relevos acidentados. É importante esclarecer que há certa discussão no meio acadêmico para nomear as formações vegetais de ambientes rupestres. Alguns autores empregam termos como “campos altimontanos”, “campos rupestres” e “campos quartzíticos”, por exemplo. Contudo, há características que tornam o cerrado rupestre distinto de outras fitofisionomias.


Os campos rupestres são bastante parecidos com os cerrados rupestres, sendo que a diferença está baseada na distribuição e ocupação da cobertura arbórea. O primeiro apresenta 5 % de cobertura arbórea e o segundo entre 5 e 20%, com predominância de espécies arbustivo-arbóreas e, portanto, classificado entre as formações savâncias.


As espécies arbóreas do cerrado rupestre crescem principalmente nas fendas das rochas ou em qualquer espaço onde se encontre acúmulo de material proveniente de restos vegetais e de elementos rochosos, os quais sejam suficientes para o crescimento das plantas. Os solos onde esse tipo de vegetação cresce, são chamados de neossolos, por serem solos de formação recente e pouco intemperizados – sofreram pouca ação do clima e de outros fatores capazes de ocasionar seu desgaste ou desagregar seus componentes rochosos.


As espécies vegetais encontradas no cerrado rupestre possuem grau elevado de endemismo – quando a espécie ocorre somente num determinado local, ou seja, sua distribuição geográfica é restrita – devido às condições climáticas e a características do solo. Nesta fitofisionomia há predominância de espécies subarbustivo-herbáceas e é comum encontrar espécies adaptadas à escassez de água. Em seu estrato arbóreo arbustivo encontram-se espécies tais como a arnica, o mandiocão, o veludo e a flor-de-pau.


O cerrado rupestre está presente em regiões geográficas como a serra dos Pirineus e a serra Dourada em Goiás e serra da Canastra em Minas Gerais, a título de exemplo, mas pode ser encontrado em diversas localidades ao longo do cerrado brasileiro.




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